Google: o cliente mais exigente do mundo
Por Thiago Bacchin*
Há um ano, discorri nos eventos, rodas de network e reuniões que passei, sobre como
obter mais resultados com menos (ou o mesmo) investimento, já que estávamos em
clima de crise mundial, que felizmente passou distante do mercado de marketing
online ou, pelo menos, das agências e veículos com mídias de performance.
Doze meses se passaram e é gratificante perceber o número de empresas tradicionais
que estão transpondo barreiras culturais, investindo pesado na reformulação de seus
sites e lojas virtuais, para entrar na disputa da atenção dos consumidores, que estão
cada vez mais tempo conectados.
Mas também é triste constatar que, mesmo quem está entrando por último (pra valer)
na Internet, ainda comete os mesmos erros dos primeiros: ignoram o seu principal
cliente, o Google.
Sim, o Google é um cliente da sua empresa. Pode se tornar o principal cliente de toda
sua empresa. Impossível? Vamos lá.
Apesar de você nem percebê-lo no dia-a-dia, ele está lá, visitando e armazenando
todo conteúdo de suas páginas. É um cliente super assíduo, visita seu
estabelecimento virtual todos os dias, muitas vezes diversas vezes ao dia.
E cada vez que ele visita seu site, ele faz questão de examinar dezenas ou até
centenas de produtos disponíveis nele. Um por um.
Ele tenta entender para que serve cada produto, analisa a quantidade de informações
que você possui e avalia se você oferece informações relevantes ou simplesmente
dados que ninguém, literalmente, procura. Nem seu cliente mais assíduo consegue
manter essa frequência de visitas diárias para saber o que tem de novo.
O Google é o cliente mais exigente que você possui. E ele quer ser seu amigo.
Apesar disso, ele nem reclama quando sua filial na web não está atendendo aos
padrões de qualidade que ele determina. Até porque seu site passou pelo crivo dos
clientes internos, ou seja, aqueles que serão responsáveis pela sua manutenção – sua
equipe de TI, Marketing, Comercial e tantas outras áreas – e foi feito por uma agência
renomada. O site também foi aprovado pelos clientes externos, os reais clientes e
consumidores dos produtos e serviços da empresa.
O problema de não ser amigo do Google é que ele é amigo da maioria esmagadora
dos mais de 65 milhões de internautas brasileiros.
Se você começar a tratar o Google bem, ou seja, ter atenção, cuidado e respeitar os
padrões de qualidade que ele recomenda e necessita, aos poucos ele começará a
simpatizar com o seu site.
E quando algum dos milhões de usuários perguntarem ao Google onde comprar um
produto ou serviço, ele pode começar a indicar sua empresa nos resultados de busca.
Mas se você for uma empresa realmente bacana e fizer sucesso com seus outros
clientes, os de carne e osso, e estes falarem bem de você por aí, o Google vai gostar
ainda mais de você.
Você pode se tornar um dos sites mais indicados pelo Google para dezenas,
centenas, milhares de perguntas sobre onde comprar produtos e serviços. E ele fará
isso de graça.
Milhares, milhões de clientes potenciais encontrarão suas páginas. Suas vendas
online terão um crescimento significativo. As vendas “off-line” também irão crescer,
afinal, muita gente ainda usa a Internet para pesquisar e comparar preços e, só depois
disso, ir à loja escolhida fazer a compra.
Mas amizade e confiança não se compram, se constroem com o tempo. Apenas com o
tempo. A relação, quando bem construída, pode durar por muito tempo. Tudo depende
se você vai dar atenção e carinho a este cliente tão exigente e tão rentável.
Para a maioria dos grandes varejistas online, como a americana Zappos, a busca
orgânica representa a principal fonte de tráfego e receita do site, com ROI
incomparável, conforme me informou pessoalmente Matt Burchard, Diretor de
Marketing, em uma visita à Zappos no final de 2009. No Brasil isso não é diferente,
mas ainda há muito terreno para ser explorado.
Para ficar bem posicionado nos resultados orgânicos do Google, Yahoo!, Bing e
demais buscadores da Internet, é fundamental que o site atenda a mais de uma
centena de critérios técnicos.
Assim como uma loja física precisa atender a muitos requisitos técnicos importantes,
na web não é diferente, só mudam os tipos de recursos utilizados. A diferença é que
se você atender a esses requisitos no seu site, boa parte da sua receita e
rentabilidade acontecerão sem a necessidade de 1 Real de investimento em mídia.
Para ilustrar o potencial de resultados, citarei três casos de sucesso onde irei
preservar os nomes dos clientes por questões estratégicas dos mesmos. O primeiro
trata-se de um grande varejista brasileiro que, sabendo do potencial das buscas
orgânicas, queria aumentar a receita originada dessa fonte.
Com foco na correção dos inúmeros aspectos técnicos que o Google considera para
melhorar o posicionamento de um site, após 6 meses de projeto a loja virtual teve um
incremento de 196% de visitas da busca orgânica, crescimento de vendas de 165% e
um ROI acumulado de R$120, ou seja, para cada R$1 investido na consultoria do
Projeto de SEO, retornou R$120 em vendas. Um ROI praticamente obsceno.
No setor de serviços, uma grande imobiliária investiu na ampliação da sua amizade,
que já vinha de longo prazo com os robôs do Google. Menos de 1 ano depois,
conseguiu dobrar as visitas que chegam não só através do Google, mas também do
Yahoo! e Bing.
Na indústria, onde poucas empresas estão atentas para a Internet, um grande grupo
em seu segmento precisava comunicar sua liderança e diferenciais ao mercado
através do posicionamento do site nos mecanismos de busca e por méis das palavraschave
que remetem às suas soluções. Conseguiu incríveis 775% de aumento nas
visitas ao site num período de 8 meses de projeto de SEO.
Explore mais e entenda o potencial do SEO (Search Engine Optimization) da sua
empresa, claro, se você quer vender mais e contar com um ROI insuperável.
*Thiago Bacchin é Presidente do DBG - Digital Branding Group e CEO da Cadastra,
agência de Search Engine Marketing focada em Performance online.